segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016



Emanoela Moraes  -  19 de Março de 2010 Em tempos distantes onde Juca perdeu as botas Caldas Novas era cidade de
Coronéis e assinaturas, 1958 época em que uma palavra valia mais do que um vimtem,
Época em que um homem negociava em nome do seu fio de bigode,
Neste tempo apenas coronéis tinham energia ou ate eles mesmo  talvez tivessem lampião a gás.
Era uma época bastante difícil, mas mesmo assim existiam homens,  mulheres e crianças, verdadeiras.
Heróis da era da lamparina, sobreviventes da classe trabalhadora.
Entre esses e outros havia um jovem sonhador.
Era um jovem muito bonito e inteligente, mas seu maior predicado era a humildade.
Guia de cego na infância, Sebastião Coco na época de "assinatura" Coco de nada lhe  valia.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_NLkEuGjPrHUfCYqchi8uYxJjEL1MgKjGmApNnvQu2jlCBPULDKJ9cQZUe4WZp68qyE5GpTf2RIUrv_TFAn_twDO52ApzCzpqAJTmlZZmv3XM-UkTsFYKwykZRE_XAHr1t2FpaI5ntPs/s320/388843_281828608533918_696059439_n.jpgFilho de mãe falecida o que esperava essa criança da vida!
Mas como falei, era um jovem sonhador.
E na época de coronéis,
  um padrinho cego e um irmão pequeno é cachorrinho era toda sua família, um colchão de capim.

A humildade e o sonho era sua bagagem enfim.
E por isso hoje em 2010 quando vi meu pai sentado, descansando, filhos criados, netos grandes e ate bisnetos ele tem e todo dia quando o neto mais manhoso vem, ele sempre tem trocado no bolso.
Então parei a observar e perguntei.
 - Pai, quando o Senhor casou com minha mãe o que o senhor tinha?
Ele então disse
- Você não sabe, mas o dia que  eu apartei casa com  a Maria nós almoçamos na casa do pai dela e jantei na nossa casa, neste dia eu tinha uma lamparina e meio litro de querosene e a mulher comprou tomates fiado e eu danei com elas, mas dias depois eu devia aquela avenida de cabo a rabo, mas seis meses depois eu tinha pagado todo mundo e ate hoje eu tenho nome para comprar onde eu quiser e o que eu quiser!
Eu ouvi tudo com uma satisfação enorme e entendi que realmente Sebastião Coco não poderia
ser assinatura de um simples Coronel.
Pois, Sebastião Coco e o nome de um HEROI!

Emanoela Moraes


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Neuromodulação

Rio de Janeiro (21) 3439 8999
Londrina  (43) 3323-8744
Neuromodulação
O que é Neuromodulação ?
A Neuromodulação é um tratamento médico com tecnologia avançada que consiste em aplicar um campo eletromagnético para modificar e modular o Sistema Nervoso Central (cérebro e medula) e/ou o Sistema Nervoso Periférico (nervos periféricos) nas patologias como Doença de Parkinson, depressão, esquizofrenia, bipolaridade, Tinnitus (zumbido), Distúrbio Cognitivo, AVC, dor crônica, epilepsia, dependência química, ansiedade, distúrbios do movimento, tremor essencial, distonia, Transtorno obsessivo compulsivo (TOC), entre outras, atuando na regulação da área neuronal estimulada, inibindo ou estimulando seus neurotransmissores responsáveis por alguma função ou comportamento.  A Clínica Higashi localizada no Rio de Janeiro e Londrina é pioneira no uso da tecnologia de neuromodulação.

Tipos de Neuromodulação:


Neuro.jpg
Diagrama elaborado pela Clínica Higashi 2013


Neuromodulação não invasiva:


Estimulação Magnética Transcraniana Repetiva (EMTr):
é uma técnica de neuromodulação não-invasiva que gera um campo magnético através de uma bobina em forma de oito ligada a um aparelho com corrente rápida repetitiva em alta frequência (10 a 30 Hz) ou corrente lenta em baixa frequência (1 a 5 Hz) que equilibra determinada região do cérebro delimitado pelo médico previamente. Trata doenças como a  depressão, dor crônica, fibromialgia, Doença de Parkinson, zumbido, dependência química, alucinação auditiva na Esquizofrênia entre outras.
http://youtu.be/WhM-0ni-exs
O vídeo abaixo mostra como é o tratamento com neuromodulação através da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr):


http://youtu.be/h8Ml0nKqWXk

O vídeo abaixo produzido pelo setor de neurologia do hospital Ambroise Paré na França, mostra como é a sessão de neuromodulação com Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr) para tratamento da dor crônica na fibromialgia.




Estimulação Transcraniana de Corrente Contínua (ETCc): é um tipo de neuromodulação que estimula o cérebro através de um campo magnético gerado por um aparelho pequeno com bateria de 9 volts, não-invasiva, indolor, simples de ser aplicada e segura. É usada para melhorar a plasticidade cerebral através de conexões neuronais, utilizada para tratar depressão, distúrbios cognitivos leves, AVC, etc.
http://youtu.be/PpCpzVvoDbw

O Vídeo abaixo explica como é utilizado a neuromodulação através da Estimulação Transcraniana de Corrente Contínua.

 


EMcc - 2.jpg

EMcc. - 3jpg.jpg


Eletroconvulsoterapia (ECT):
é um tipo de neuromodulação embora não-invasiva, tem maior incidência de efeitos colaterais quando comparada as outras técnicas de neuromodulação não invasiva. Na eletroconvulsoterapia são provocadas alterações na atividade elétrica do cérebro através da indução de corrente elétrica, o paciente recebe anestesia geral, é induzido uma crise convulsiva durando 30 segundos a 1 minuto para aumento da atividade cortical. É realizado em ambiente hospitalar com monitoramento dos sinais vitais. Trata depressão, esquizofrenia, TOC, Bipolaridade, etc.


ECT.jpg



Terapia por Campo Eletromagnético Pulsado (PMFE): é uma técnica de neuromodulação não-invasiva, a qual é colocado um aparelho na região do corpo determinado pelo médico que gera um campo magnético de baixa frequência. o campo magnético age no metabolismo celular fazendo com que as células trabalhem de maneira mais eficiente. É utilizado para tratamento da circulação, dor crônica, regeneração de tecidos, modulação do sistema nervoso e redução da inflamação.

Foto do aparelho que utiliza a neuromodulação através da Terapia por Campo Eletromagnético Pulsado
Campo.jpg



Campo 2.jpg


Neuromodulação invasiva:


Estimulação Cerebral Profunda (ECP):
é um método de neuromodulação invasivo, cirúrgico a qual se coloca eletrodos em regiões profundas do cérebro, como os gânglios da base, por exemplo. A estimulação cerebral foi aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) em 2002, como terapia auxiliar na redução de alguns dos sintomas avançados na doença de Parkinson a qual não são adequadamente controlados com medicação.

ECP.jpgECP 3 .jpg



Regiões do cérebro aonde são realizadas a Estimulação Magnética Profunda.

ECP - 2.jpg



Cirurgia de implante no córtex motor: é um método  de neuromodulação invasivo cirúrgico com implantação de eletrodos através no córtex motor, geralmente utilizada para controle da dor crônica. É colocado um marca-passo na clavícula que fica ligado a eletrodos em regiões específicas do cérebro, os eletrodos emitem descarga elétrica de 10,5 volts, a qual promovem analgesia e alivio da dor.

   Imagem demonstrando a colocação dos eletrodos no cortex cerebral para neuromodulação cerebral
CI.jpgCI 2.jpg




Estimulação dos nervos periféricos invasiva: é um tipo de neuromodulação a qual é realizado cirurgia minimamente invasiva, aonde são colocados eletrodos subcutâneos (embaixo da pele) conectados a um neurotransmissor gerando uma corrente fraca contínua nos nervos periféricos para controle da dor, muito utilizada também no nervo occipital para controle da enxaqueca crônica. Uma técnica especial de estimulação do nervo periférico é a estimulação do Nervo Vago a qual consiste em colocar um gerador bipolar com marca-passo com dois eletrodos ligado a conectores para estimulação do nervo vago, depois é  implantado os eletrodos em um marca-passo. A Estimulação do Nervo Vago é utilizada para tratamento do controle da epilepsia, depressão e melhora do desempenho cognitivo em pacientes com epilepsia.

Vídeo abaixo demonstra como é o procedimento de estimulação do nervo occipital para neuromodulação:




foto do nervo vago com eletrodos durante cirurgia e aparelho e eletrodos para a estimulação
nervo vago.jpgNervo vago 2.jpg



Estimulação medular invasiva: É um tipo de neuromodulação a qual através de cirurgia é colocado um implante com  eletrodos na região da medula espinhal gerando uma pulsação de corrente contínua fraca a qual gera analgesia. É utilizado  para controle da dor crônica. É uma técnica invasiva feita em ambiente hospitalar.


Emed.jpgEmed - 2.jpg
Eletrodos sendo colocados na medula espinhal


Benefícios da Neuromodulação:

1) Opção não medicamentosa para tratamento a longo prazo de condições pré-existentes ou crônicas.

2) Importante grau de controle terapêutico pelo médico, não causando danos ao sistema nervoso.

3) Na técnica não invasiva praticamente isento de efeitos colaterais, e nas técnicas invasivas os efeitos colaterais são muito menores quando comparado aos procedimentos cirúrgicos padrões.

4) As técnicas não-invasivas não geram prejuízo cognitivo, pelo contrário, aumenta as conexões neuronais.

5) Não é preciso interromper o tratamento medicamentoso quando se inicia a neuromodulação.

6) O tratamento é definido individualmente e personalizado para cada paciente, ou seja, o ajuste de cada técnica é personalizado para cada paciente.

7) Os aparelhos de neuromodulação podem ser reajustados de acordo com a necessidade de cada paciente ( ex: aumentando a intensidade, frequência e etc).


A Clínica Higashi é especializada em neuromodulação não-invasiva através da Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva e a Estimulação Transcraniana de Corrente Continúa. Indicamos, caso necessário, também as técnicas invasivas de neuromodulação, de acordo com a necessidade individual após consulta especializada.

Maiores informações sobre Neuromodulação entre em contado com a Clínica Higashi: tel. (21) 3439-8999 (Rio de Janeiro) ou  (43) 3323-8744 (Londrina)


Referência Bibliográfica:

George MS, Aston-Jones G. Non invasive techiniques for probing neurocircuitry and treaning illness: vagus nerve stimulation (VNS), transcranial magnetic stimulation (TMS) and transcranial direct current stimulation (tDCS). Neuropsychopharmacol Rev 2010; 301 – 316.
Hallett M (July 2000). "Transcranial magnetic stimulation and the human brain". Nature 406 (6792): 147–50.
Deep brain stimulation for treatment-resistant depression. H. S. Mayberg, A. M. Lozano e outros, em Neuron, no 45, págs. 651-660, 2005.
Transient acute depression induced by high-frequency deep brain stimulation. B.-P. Bejjani, P. Damier, I. Arnulf, P. Cornu e outros, em The New England Journal of Medicine, 340, págs. 1476-1480, 1999.
St. Jude Medical, Inc.
Bell E, MathieuG, Racine E. Preparing the ethical future of deep brain stimulation. Surg Neurol 2009; 72:577-586
Cruccu G, Aziz TZ, Garcia-Larrea L, Hansson P, Jensen TS, Lefaucheur JP, Simpson BA, Taylor RS. EFNS guidelines on neurostimulation therapy for neuropathic pain. Eur J Neurol. 2007 Sep;14(9):952-70.
Guan Y, et al. (2010) Spinal cord stimulation-induced analgesia: electrical stimulation of dorsal column and dorsal roots attenuates dorsal horn neuronal excitability in neuropathic rats. Anesthesiology 113(6):1392-1405.
Kumar K, Taylor RS, Jacques L, Eldabe S, Meglio M, Molet J, Thomson S, O´Callaghan, Eisenberg E, Milbouw G, Buchser E, Fortini G,Richardson J, North RB: Spinal cord stimulation versus conventional medical management for neuropathic pain: A multicentre randomised controlled trial in patients with failed back surgery syndrome. Pain 2007:132; 179-188
Kumar K, Taylor RS, Jacques L et al. The effects of spinal cord stimulation in neuropathic pain are sustained: a 24-month follow-up of the prospective randomized controlled multicenter trial of the effectiveness of spinal cord stimulation. Neurosurgery 2008; 63:4:762-770; discussion 770.
Manca,A., Kumar,K., Taylor,R.S., Jacques,L., Eldabe,S., Meglio,M., Molet,J., Thomson,S., O'Callaghan,J., Eisenberg,E., Milbouw,G., Buchser,E., Fortini,G., Richardson,J., Taylor,R.J., Goeree,R., Sculpher,M.J., 2008. Quality of life, resource consumption and costs of spinal cord stimulation versus conventional medical management in neuropathic pain patients with failed back surgery syndrome (PROCESS trial), Eur.J.Pain 12, 1047-1058.






sábado, 26 de julho de 2014

Musicoterapia e a relação com o esquizofrênico



Musicoterapia e a relação com o esquizofrênico
Saiba de que forma a música pode ajudar no tratamento do paciente

Que ouvir música faz bem para o corpo e para a alma a gente sabe, mas o que ainda intriga muita gente está no fato dela ser remédio para doenças. Os benefícios do uso de sons e ritmos em tratamento diversos já estão comprovados cientificamente. Especialistas explicam que a música atinge o sistema límbico, região do nosso cérebro responsável pelas emoções, motivação e afetividade.
É por essa razão que faz tão bem ao paciente com esquizofrenia
por exemplo.
Um estudo de caso realizado pelo Instituto de psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro/ IPUB-UFR atestou que a musicoterapia facilita o resgate de trocas afetivas, tão prejudicadas nessas condições clínicas.
De acordo com os estudiosos, o "fazer musical" compartilhado funciona como suporte para a formação de vínculos e como veículo para a energia de expressão. Ou seja, os musicoterapeutas devem estimular expressões não-verbais nos pacientes por meio de sons, músicas, gestos e danças. Uma vez que a expressão sonora, seja por meio da voz, do corpo ou de instrumentos musicais, constituirá a relação terapêutica e melhora a qualidade de vida dos   esquizofenicos.
Vale destacar que o tratamento é válido para pacientes com diversas doenças e pessoas que apresentam distúrbios de comunicação, como transtornos da fala e gagueira, hiperatividade, distúrbios neurológicos, lesões cerebrais ou dislexias.
A esquizofrenia ainda é um dos mistérios da medicina porque não se sabe ao certo as causas da doença. Há prováveis origens genéticas da enfermidade, que se manifesta de diversas formas, como delírios, alucinações, incoerências, apatia, comportamento hiperativo, e nenhuma é comum a todos os pacientes. O acompanhamento de profissionais qualificados para diagnosticar a doença e o uso de tratamento medicamentoso são fundamentais no controle do problema.

domingo, 8 de junho de 2014

Esquizofrênico registra em livro a experiência de enlouquecer

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Esquizofrênico registra em livro a experiência de enlouquecer

Jorge Cândido de Assis, 49,
no departamento de psiquiatria
da Unifesp, em São Paulo
Ex-aluno de física e de filosofia da USP, Jorge Cândido de Assis carrega no corpo das marcas da esquizofrenia. Aos 21, durante uma crise, ele se jogou contra um trem do metrô e perdeu uma perna.
Hoje, aos 49 anos, cinco crises psicóticas, ele dá aulas sobre estigma em um curso de psiquiatria e acaba de lançar um livro no qual descreve a experiência de enlouquecer. "Entre a Razão e a Ilusão" (Artmed Editora) foi escrito em parceria com o psiquiatra Rodrigo Bressan e com a terapeuta Cecilia Cruz Villares, da Unifesp.
Leia o depoimento dele.

"Tive uma infância tranquila, jogando bola na rua. Aos 14 anos, entrei na escola técnica e já sabia trabalhar com eletricidade. Adorava física. Em 1982, prestei vestibular para física na USP e não passei. Em 1983, fiz cursinho, prestei de novo e não passei... Consegui uma bolsa no cursinho, passei perto e não entrei de novo. Foi um ano depressivo para mim. Eram os primeiros sinais da esquizofrenia, mas eu não sabia.
Eu me isolei, tinha delírios. O desfecho foi trágico. Numa manhã de domingo, entrei na estação do metrô Liberdade. Escutei uma voz: "Por que você não se mata?". Me joguei na frente do trem. Acordei três dias depois no hospital sem a minha perna direita. Tinha 21 anos.
Foi bem sofrido, mas coloquei toda minha energia e determinação na reabilitação. Quatro meses depois, já estava com a prótese.
Sozinho, voltei a estudar para o vestibular e passei em física e fisioterapia na Universidade Federal de São Carlos. Meu sonho era desenvolver uma prótese melhor e mais barata do que as versões que existiam naquela época.
Um dia, em 1987, cheguei em casa e ela havia sido arrombada. Tive que ir até a delegacia dar queixa e reconhecer os objetos furtados. Isso desencadeou a segunda crise psicótica. Tinha delírios de grandeza, alucinação, mania de perseguição.
Fui internado em Itapira durante um mês. Saí de lá com diagnóstico de esquizofrenia, medicado mas sem encaminhamento. Um dos remédios causava enrijecimento da musculatura e eu não conseguia escrever. Então parei de tomar a medicação e comecei a fazer tratamento em centro espírita.
Voltei a estudar em São Carlos. Depois da crise, perdi muitos amigos por puro estigma. Comecei a trabalhar, paralelamente aos estudos, mas ficou pesado demais. Preferi desistir do curso. Em 1993, prestei vestibular na USP e passei. Foi mágico, a realização de um sonho. Continuei trabalhando, mas cheguei num ponto de saturação e desisti do curso.
Minha vida foi perdendo o sentido, vivia por viver. Me sentia vazio de emoções. Nesse período, fazia parte de um grupo de pesquisa na USP. Mas, por uma série de divergências, o grupo se desfez. Ao mesmo tempo, meu namoro acabou. Esses dois fatores desencadearam minha terceira crise.
Foi uma crise também com delírios, alucinações, isolamento. Fiquei um mês internado. Foi aí que comecei a me tratar de esquizofrenia de fato. Além das medicações, fazia psicoterapia, terapia ocupacional e prestei vestibular para filosofia na USP. Passei. Sentia-me tão bem que disse: "Superei a esquizofrenia. Vou parar com os remédios".
Minha mãe morreu em 2002 e, em seguida, tive a minha quarta crise, que também foi controlada com remédios. É como começar do zero.
Entre 2003 e 2007, participei de um grupo de pacientes com esquizofrenia em que discutíamos a doença, as vivências, as formas de comunicação. Em 2005, o [psiquiatra] Rodrigo Bressan me convidou para participar das aulas dele contando a minha experiência pessoal, sobre o estigma. Em 2007, surgiu o projeto do livro sobre direitos de pacientes com esquizofrenia.
Foi um processo de criação intenso durante 18 meses. Em 2008, o Rodrigo me convidou para deixar de ser paciente e entrar para a equipe dele. Foi uma grande oportunidade. No início do ano passado, fui palestrar em Londres sobre o nosso trabalho. Quando estava voltando, fizemos uma escala em Madri. Sentia muita dor na perna e pedi uma cadeira de rodas. Esperei e nada. Tirei a perna mecânica, coloquei na bolsa e fui pulando até a sala de embarque. Todo esse estresse me levou à quinta crise. Ela foi rapidamente controlada, mas é um processo difícil retomar a rotina anterior, ressignificar as coisas para que a vida faça sentido.
Depois das crises, tenho que renascer das cinzas. Muitas pessoas desistem. Precisa de uma grande dose de esforço para reconstruir a vida. A medicação ajuda, mas não é garantia. Consigo lidar com as demandas da vida, mas nunca sei se o que sinto é ou não da doença.
Não ouço mais vozes, mas tenho autorreferência. Penso que tudo ao meu redor tem a ver comigo. Se ouço um barulhinho lá fora, acho que pode ter câmera escondida. Se as pessoas estão conversando no corredor, acho que estão falando sobre mim. O delírio é inquestionável, você acredita nele. Mas tenho clareza do que é autorreferência, deixo para lá.
Tenho que saber os meus limites. O referencial para a gente é o mundo exterior, a relação das pessoas.
Muitas vezes, o início das crises não é percebido. Por isso é importante dividir com o médico, com a família. 
O estigma também é muito prejudicial. Ser apontado como o louco ou ser desacreditado só piora. A esquizofrenia é uma doença crônica, que afeta as emoções, os relacionamentos, as vontades. Tenho sorte de ter uma família unida, que me apoia. Isso dá sentido à minha vida.
Olho para trás e confesso que me sinto frustrado por ter começado duas vezes física, em duas das melhores universidades, e não ter concluído. Mas fico feliz com o trabalho de poder ajudar outras pessoas com a minha história. As pessoas sofrem no Brasil pela falta de locais para a troca de informações. Minha meta agora é construir uma rede de associações de apoio a pacientes com esquizofrenia. Eu não sou só a doença, e a doença não me define. Tenho que lidar com a esquizofrenia, mas ela não é a parte mais fundamental da minha vida."

sábado, 7 de junho de 2014

Nova técnica para tratar esquizofrenia usa células do próprio paciente


Nova técnica para tratar esquizofrenia usa células do próprio paciente

Pele é usada para ser 'convertida' em tecidos cerebrais.
Estudo foi publicado no site da revista 'Nature'.

Da France Presse
Um grupo de pesquisadores norte-americanos descobriu que as células epidérmicas podem se tornar poderosas ferramentas para tratar uma das mais enigmáticas doenças da mente, a esquizofrenia, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (13) pelo site da revista britânica "Nature".
Os cientistas coletaram amostras de células epidérmicas de pacientes esquizofrênicos e as fizeram "regredir" para um estado mais primitivo e versátil, no qual são chamadas de células-tronco pluripotentes induzidas (iPSCs, na sigla em inglês).
Uma vez convertidas nestas "páginas em branco", as células eram cultivadas quimicamente para se transformarem em células cerebrais. Assim, podiam ser estudadas e manipuladas para uma análise "individualizada" da esquizofrenia de cada paciente.
"Utilizando este método, podemos descobrir como um medicamento em particular vai afetar as células cerebrais deste paciente específico, tornando desnecessário que o paciente teste a droga e sofra os efeitos colaterais", explicou Gong Chen, especialista da Universidade Penn State, na Pensilvânia.
"O paciente pode ser sua própria cobaia para a definição de seu tratamento, sem precisar experimentar os medicamentos diretamente", acrescentou.
A esquizofrenia é um mal complexo, cujas causas são atribuídas tanto a fatores hereditários quanto ambientais. Sua principal característica são delírios paranóicos e alucinações com vozes. Calcula-se que cerca de 1% da população mundial seja afetada pela doença em maior ou menor grau.
Exames descobriram que neurônios cultivados em laboratório de pacientes esquizofrênicos criam menos conexões entre si em comparação a células cerebrais de indivíduos saudáveis. Os cientistas então aplicaram alguns dos medicamentos antipsicóticos mais usados atualmente no tratamento da esquizofrenia para observar se eles eram capazes de fazer com que o número de conexões aumentasse.
O único que gerou este efeito foi o Loxapine, embora seu uso tenha acarretado um efeito cascata inesperado sobre centenas de genes.
O uso das iPSCs em pesquisas médicas gera grande expectativa desde sua descoberta, em 2006. A ideia é usá-las como "piloto de testes" sem o peso do questionamento ético que normalmente acompanha o uso de células-tronco embrionárias.
Alguns cientistas, entretanto, indagam se as iPSCs são de fato uma fonte biológica confiável. Um estudo publicado pela própria Nature em fevereiro apontou que cadeias periféricas de seu código genético (conhecidas como epigenoma) apresentam alguns erros de reprogramação.

Tratamento Esquizofrenia - neurofarmagen.com.br‎

Se você, tem esperança, a luz na janela e

Você é a resposta!

Neurofarmagen® é um teste que traz os benefícios da medicina individualizada para pacientes com depressão, TDAH, transtorno bipolar e esquizofrenia.

O QUE É NEUROFARMAGEN®?

Neurofarmagen® é um teste realizado através da coleta de uma amostra de saliva, fazendo a análise genética de DNA do paciente para que seja estudado os fatores genéticos que influenciam as respostas de cada paciente a um mesmo medicamento.
Isto é, o Neurofarmagen® é uma análise que permite identificar o medicamento mais adequado para cada paciente, de forma pessoal e segura, através da análise de DNA.
O objetivo do teste é ajudar o profissional médico a encontrar o medicamento mais adequado para cada paciente, reduzindo o tempo de busca por um tratamento eficaz e aumentando as chances de conseguir a estabilização do paciente mais rapidamente.
No dia-a-dia o médico dispõe de diversas ferramentas para eleger o tratamento mais adequado para seu paciente, como idade, peso, história clínica própria e familiar, experiência profissional, análises bioquímicos, entre outras.
Com a análise realizada pelo teste Neurofarmagen®, o médico passa a obter uma informação adicional não disponível anteriormente, que dá maior informação ao médico na hora de tomar uma decisão com respeito ao tratamento.
O teste é utilizado na busca pelo melhor tratamento para pacientes que sofrem de transtorno bipolar, esquizofrenia, depressão e TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

O QUE O TESTE AVALIA?

O Neurofarmagem® avalia:
Resposta - Indica se o paciente possui maior ou menor probabilidade de responder positivamente ao tratamento;
Dose - Avalia se o paciente precisa de uma dose mais alta ou mais baixa, de acordo com o seu metabolismo;
Risco de reações adversas - Indica se o paciente possui maior ou menor probabilidade de desenvolver determinadas reações adversas aos medicamentos.
Neurofarmagen® avalia esses 3 fatores para 44 fármacos (também conhecidos como princípios ativos) utilizados na Neuropsiquiatria para tratar transtorno bipolar, esquizofrenia, depressão e TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade).

COMO É FEITO O TESTE?

Após conversar com um profissional médico sobre Neurofarmagen® e decidir pela compra do teste, a análise precisa ser solicitada pelo médico.
Passo a passo para realização do teste Neurofarmagem
Após a coleta da saliva, o material é enviado para a Espanha, para que seja realizada a análise genética do DNA do paciente. Em 15 dias úteis o médico receberá o resultado da análise e terá as informações necessárias para decidir pelo melhor tratamento para seu paciente.

PERGUNTAS FREQUENTES

Como adquirir o teste?
O teste Neurofarmagen® é feito junto com seu médico. O Neurofarmagen® disponibiliza um sistema online onde o médico faz o cadastro do paciente. O pagamento deve ser feito via cartão de crédito, antes da coleta da amostra de saliva. Pode ser parcelado em até 10 vezes sem juros, e pode ser feito no momento do cadastro, junto com o médico, ou através de um link para o email do paciente.
Após a confirmação do pagamento a saliva é coletada e enviada para Espanha para análise.
O teste serve para quais doenças?
É importante destacar o teste do Neurofarmagen® não é um teste diagnóstico, ele é um norteador para a escolha do melhor medicamento ao seu perfil genético. O Neurofarmagen® analisa 44 medicamentos relacionados com o tratamento da depressão, esquizofrenia, transtorno bipolar e TDAH.
Quais as vantagens de um teste que faz uma análise genética?
  • Facilita a escolha do medicamento mais eficaz para cada paciente;
  • Orienta a necessidade de ajuste da dose mais adequada para cada paciente;
  • Antecipa a informação sobre os possíveis efeitos adversos.
Em que é baseado Neurofarmagen®?
Neurofarmagen® está baseado em evidências de numerosos estudos científicos da última década, que têm mostrado que as influências genéticas individuais afetam significativamente na resposta à medicação. Os indivíduos são diferentes de um ponto de vista genético, e essas diferenças contribuem para que cada pessoa responda de forma específica ao fármaco.
O que é análise genética / farmacogenética de fármacos?
É a disciplina que estuda o efeito da variabilidade genética do indivíduo na sua resposta a determinados fármacos.
Quais os benefícios de Neurofarmagen®?
Você sabia que os eventos adversos são geralmente frequentes e não é possível prever o seu aparecimento? Que eles são uma das principais causas para o abandono do tratamento e que nem sempre o paciente apresenta uma resposta completa?
O teste proporciona os seguintes benefícios:
  • Diminuição dos efeitos adversos – visto que o médico poderá escolher o medicamento com o melhor perfil de tolerabilidade (ou tolerância);
  • Melhor cumprimento do tratamento – melhora a adesão terapêutica;
  • Maior probabilidade de sucesso terapêutico – devido a escolha dos medicamentos que apresentam melhor resposta;
  • Diminuição no custo – devido a escolha do medicamento mais apropriado, o paciente experimentará a estabilização dos sintomas mais rapidamente;
  • Diminuição dos transtornos da troca de medicação – Com a escolha do medicamento com o melhor perfil de resposta e eventos adversos, não será necessário realizar várias trocas na medicação e assim o paciente não terá que passar por períodos de adaptação aos diferentes medicamentos.