domingo, 9 de junho de 2013

Planta típica do Nordeste pode curar esquizofrenia






Planta típica do Nordeste pode curar 

Uma substância encontrada em plantas e frutas como o maracujá, a laranja e o limão, produzidas em abundância no Nordeste brasileiro, pode ser a chave para o tratamento de transtornos mentais como a esquizofrenia, que afeta 1% da população mundial. A pesquisa está em fase de conclusão no Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, e tem como um dos pesquisadores Stevens Rehen, diretor do Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias.

O estudo envolve oito pesquisadores brasileiros e será publicado na próxima edição da revista "Stem cells and development", uma das principais do mundo na área de células-tronco. A equipe é a primeira a estudar o efeito de flavonoides - um composto fartamente encontrado na natureza - em células-tronco embrionárias ou reprogramadas. O grupo não almejava o combate de doenças psíquicas, mas já avalia que esta poderia ser uma aplicação de seu trabalho.
Uma série de pesquisas já havia identificado os efeitos antioxidantes dos flavonoides. Trata-se de uma característica benéfica, que reduz o risco de diversas doenças e até retarda o envelhecimento.  “É um composto estudado há muito tempo. Já se descreveu sua ação hormonal, anti-hemorrágica, anticâncer”, lembra Stevens Rehen, acrescentando que flavonoide também está presente em alimentos processados, como chá e vinho. Ainda assim, nunca haviam experimentado o seu efeito sobre o metabolismo de células-tronco.
Rehen, então, resolveu incluir a substância em sua pesquisa. E o fez de duas formas. A primeira, com células-tronco embrionárias, que têm o potencial de se transformar em diversos tipos. Para isso, são diferenciadas em laboratório, de modo que ocupem adequadamente o tecido onde são necessárias.
A segunda forma, e a mais importante para ele, é com células reprogramadas.
“Extraímos célula da pele de indivíduos adultos, reprogramamos este material e transformamos em neurônios”, explica Rehen.  Aí entra o flavonoide. O composto, retirado da catingueira - uma planta típica do Nordeste semiárido -, impediu a morte celular e praticamente triplicou o número de neurônios gerado pelas células.
 Podemos dizer que o flavonóide deixa a célula-tronco mais propensa a se transformar em um neurônio - comemora Rehen. - Para haver essa conversão, a  célula precisa ter acesso a uma substância chamada ácido retinoico. Chegar a ela exige um receptor. E o flavonóide aumenta justamente o número desses receptores. Como a célula reprogramada vem da pele do próprio paciente, será possível criarmos uma medicina individualizada.
 Uma substância que, como o flavonoide, é um antioxidante e favorece a formação de neurônios, poderia ser usada para aumentar a memória de um cérebro já formado. Também reduziria a possibilidade de qualquer transtorno que prejudicasse o desenvolvimento daquele órgão. Essas utilidades, no entanto, ainda dependem de novos estudos. Mas a prioridade da equipe é outra: testar o componente natural no combate a doenças mentais. Algumas enfermidades, como a esquizofrenia, destroem a via que liga o ácido retinóico às células. O flavonóide poderia reparar essa ligação, facilitando a produção de neurônios - e, assim, combatendo os sintomas característicos daquele transtorno.
Para isso, no entanto, é preciso conhecer melhor o material que protagoniza esse tratamento. A equipe de Rehen prepara-se para estudar os efeitos antioxidantes do flavonoide sobre neurônios reprogramados de pacientes com transtornos mentais.
 - O desenvolvimento da esquizofrenia tem como característica disfunções no sistema antioxidante - lembra o pesquisador. - Portanto, ao estudarmos as propriedades desse composto encontrado em frutas e plantas, estamos nos informando sobre como podemos usá-lo para combater os transtornos mentais.
O estudo foi realizado com camundongos, a partir de células embrionárias e reprogramadas daquele animal. Nos últimos seis meses, no entanto, os pesquisadores já ensaiam o início de um levantamento semelhante com humanos.

esquizofrenia

2 comentários:

  1. Tenho fé em Deus que vocês vaö consiguir a cura Ta esquizofrenia ler esse artigo mim deu esperança porque é mmuito sofrimento mais vamos confiar que logo vaö descobrir a cura porque Deus é fiel

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  2. Tenho estado a pesquisar plantas que curam esquizofrenia porque tenho duas irmãs que sofrem dessa doença, a medecina tem ajudado, mas em uma delas não tem dado efeito eficaz já há 20 anos é muito sofrimento.

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