UTILIDADE PÚBLICA



 A Esquizofrenia

  • O que é?
  •  A esquizofrenia foi inicialmente descrita como doença no final do século XIX pelo psiquiatra alemão Emil Kraepelin. Na época, ele chamou-a de Demência Precoce, pois as pessoas acometidas por ela, na sua maioria jovens, exibiam um comportamento regredido e desorganizado, que lembrava os idosos portadores de demência, como a Doença de Alzheimer. No início do século XX, Eugen Bleuler, psiquiatra suíço, cunhou o termo esquizofrenia (esquizo=cindida; frenia=mente), por achar o termo anterior inadequado. Para ele, a principal característica da doença era a cisão entre pensamento e emoção, dando a impressão de uma personalidade fragmentada e desestruturada. Os pacientes não tinham necessariamente uma evolução deteriorante como na demência e muitos se recuperavam.
    Contudo, a alcunha de doença degenerativa acompanhou a esquizofrenia por muitas décadas. Com um arsenal terapêutico limitado, a doença encheu vários hospitais em todo o mundo, a ponto de ter o maior índice de hospitalização.
    A dificuldade de reintegração à sociedade, motivada por internações muito prolongadas e pelos poucos recursos de tratamento, aumentou o estigma e o preconceito que cercam a doença até hoje.
    Nos últimos 25 anos assistimos a uma revolução na maneira de tratar os doentes mentais: medicamentos modernos capazes de controlar a doença e de permitir a reintegração dos pacientes à família e à comunidade, dispositivos alternativos aos hospitais, que acolhem a pessoa dentro de sua singularidade e que trabalham pela sua reabilitação psíquica e social, mais informação para vencer os tabus e preconceitos da sociedade, participação colaborativa da família e de redes sociais imbuídas do objetivo comum de apoiar e lutar pela recuperação dos pacientes.
    Tudo isso parece não bastar para derrotar o preconceito e o estigma. O rótulo “degenerativo” continua perseguindo a esquizofrenia, apesar dos inúmeros exemplos contrários.
    A pessoa acometida pela esquizofrenia tem grande potencial à sua frente. Precisa lutar contra as dificuldades do transtorno, é verdade. Mas pode se recuperar, vencer os obstáculos e seguir seus sonhos. Nesta batalha, precisa ter ao seu lado sua família, seus amigos, pessoas que a amem e apóiem e que, sobretudo, saibam compreendê-la. Tem a seu favor medicamentos eficazes, suporte psicológico e terapias de reabilitação capazes de ajudá-la nessa superação. Certamente contará com uma sociedade mais justa e que possa recebê-la um dia como igual.
  • Quem adoece?
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  • Quais os sintomas?
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  • Qual a causa?
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    Genética

    A esquizofrenia tem causa multifatorial, envolvendo fatores genéticos e do ambiente ainda não muito conhecidos. A hereditariedade do transtorno é conhecida desde que a doença foi descrita por Kraepelin e Bleuler, há um século atrás. Há na família de pacientes adoecidos, outras pessoas com os mesmos sintomas ou quadros muito parecidos. A hereditariedade, entretanto, não parece ser o fator determinante, já que também é comum filhos de pais esquizofrênicos não desenvolverem a doença.
    Hoje, após várias pesquisas que investigam a causa da esquizofrenia, sabe-se que a genética é responsável por cerca de 50% da chance de adoecer, cabendo a outra metade aos fatores ambientais. A maior evidência disso são estudos com gêmeos idênticos (e que, portanto, possuem DNA iguais), que revelaram uma concordância de apenas 50% no diagnóstico de esquizofrenia. Isto significa que, quando um dos gêmeos desenvolve a doença, o outro também adoece em 50% dos casos.
    Alguns genes já foram relacionados à esquizofrenia e, provavelmente, outros também o serão. Os genes da esquizofrenia são responsáveis por regular etapas importantes do desenvolvimento cerebral, bem como a produção de neurotransmissores (substâncias produzidas no cérebro para transmitir impulsos elétricos de um neurônio a outro). Esses genes seriam ativados por fatores ambientais de risco, desencadeando uma cascata de eventos que culminariam em alterações sutis do desenvolvimento do cérebro, caracterizadas principalmente por um erro na comunicação entre neurônios de diferentes áreas cerebrais (desconexão neuronal).
    Contudo, um dos maiores obstáculos na pesquisa genética é a inespecificidade dos genes relacionados. Alguns são comuns a outros transtornos mentais, como o distúrbio bipolar, o que sugere que doenças psiquiátricas possam ter uma origem genética comum. O quadro clínico dependeria, portanto, do número de genes envolvidos em cada pessoa. Isso parece também fazer sentido na diferenciação entre os casos mais graves da esquizofrenia, que teriam, teoricamente, uma maior carga genética em comparação aos quadros mais leves.
    As pesquisas genéticas em psiquiatria ainda estão em fases iniciais e muito há para ser descoberto. Tratamentos e medicações poderão ser aperfeiçoados a partir das novas perspectivas nesta área.

    Ambiente

    As pesquisas sobre fatores de risco do ambiente na esquizofrenia são muito difíceis de serem realizadas, pela alta complexidade metodológica. Algumas já conseguiram identificar fatores de risco mais associados ao transtorno, mas provavelmente existem muitos outros ainda desconhecidos.
    Em linhas gerais, o ambiente pode influenciar o adoecimento nas etapas mais precoces do desenvolvimento cerebral, da gestação à primeira infância. É nesse período que o cérebro é mais sensível, por estar crescendo com rapidez e depender do ambiente para o aperfeiçoamento de suas funções. Esta etapa também é aquela em que os genes de regulação do desenvolvimento estão mais ativos e que, na presença de variáveis genéticas da esquizofrenia, podem interferir em processos naturais do desenvolvimento.
    A adolescência é um outro momento delicado, pois o cérebro começa a moldar-se para a vida adulta. Um processo conhecido como poda neuronal apara as arestas do desenvolvimento, que sempre gera conexões esdrúxulas ou desnecessárias. A esquizofrenia pode estar relacionada a um menor número de podas, com conexões errôneas entre os neurônios. Fatores ambientais na adolescência podem influenciar esse processo, desencadeando o primeiro surto da doença.
    Um fator que vem sendo relacionado a um risco maior de esquizofrenia e autismo é a idade avançada do pai no momento da concepção. A explicação para isso seria um aumento na frequência de mutações que ocorrem no momento da divisão celular para produção de espermatozóides. No momento de cópia do DNA, uma sequência do código genético pode ser duplicada ou subtraída por um erro conhecido como CNV (copy number variations) e este novo DNA é transmitido ao filho no momento da fecundação. Esse tipo de mutação é conhecido como mutações “de novo”, pois não são herdadas do DNA dos pais. A frequência de CNV parece aumentar com a idade do pai, o que não ocorre com a mãe. Nem todas as mutações “de novo” são maléficas, algumas estão relacionadas à evolução e à diversidade, porém alguns genes que sofrem este tipo de mutação têm sido relacionado a um risco maior de esquizofrenia e autismo. Este é mais um exemplo de como o ambiente pode interferir com a genética para predispor a doenças.
    Os genes que predispõem à esquizofrenia têm isoladamente efeito pequeno, por isso acredita-se que os fatores do ambiente sirvam como ativadores ou amplificadores desse efeito. Um exemplo é a maconha. Algumas pessoas que possuem determinado alelo de um gene relacionados à doença têm até 5 vezes mais risco de desenvolver psicose se usarem maconha aos 15 anos. O risco é menor se a exposição à droga ocorrer somente após os 18 anos de idade. O ambiente, neste caso, pode fazer a diferença entre a pessoa ficar ou não ficar doente, dependendo do uso da droga. Este é apenas um dos genes relacionados à esquizofrenia, que pode influenciar uma parcela de casos, já que muitos outros não têm relação com o uso de maconha.
    Na tabela abaixo alguns fatores de risco conhecidos no ambiente e relacionados à esquizofrenia:
    Períodos do Desenvolvimento CerebralFatores Ambientais de Risco
    Período Pré-NatalViroses (influenza, rubéola, herpes) na mãe, particularmente quando ocorrem no segundo trimestre de gravidez;
    Desnutrição materna;

    Morte do esposo;

    Catástrofes;

    Gravidez indesejada;

    Depressão durante a gravidez.
    Período Neonatal Complicações da gravidez (sangramentos, diabetes, incompatibilidade rH, pré- eclâmpsia);
    Crescimento ou desenvolvimento fetal anormal (baixo peso ao nascer, prematuridade, malformações congênitas, redução do perímetro encefálico);

    Complicações do parto (atonia uterina, asfixia/hipóxia neonatal, parto cesáreo emergencial);

    Interação mãe- criança atípica ou maternagem deficiente;

    Perda precoce de um dos pais.
    Primeira InfânciaInfecções do SNC (meningite, encefalite, sarampo);
    Experiências psicológicas negativas;

    Traumas, abuso físico e sexual.
    AdolescênciaUso de maconha.

    Teoria Causal

    O modelo mais aceito hoje para a causa da esquizofrenia reúne fatores genéticos e ambientais (modelo de estresse-diátese). Ele é teórico e, embora reúna muitas evidências científicas, ainda não é a conclusão definitiva sobre a origem da doença.
    De acordo com ele, uma pessoa somente desenvolve a esquizofrenia se houver, de um lado, uma herança genética e, de outro, fatores ambientais de risco, capazes de torná-la biologicamente vulnerável para o transtorno.
    Indivíduos com maior carga genética (maior número de genes para a esquizofrenia), por exemplo, podem adoecer com insultos ambientais mais brandos ou em menor número do que aqueles com menor carga genética, que precisariam de um componente ambiental mais forte.
    Os fatores ambientais de risco interferem em processos do desenvolvimento e maturação cerebral, ativando genes de susceptibilidade para a esquizofrenia e causando alterações cerebrais sutis, como a desconexão entre neurônios. Esta é a base para que disfunções cognitivas e sintomas positivos e negativos da esquizofrenia se desenvolvam.
    Seria como se o cérebro possuísse vários curto-circuitos e diferentes áreas tivessem maior dificuldade para trocar informações entre si, gerando erros no processamento e limitações cognitivas e emocionais. Isso explica, em parte, a vulnerabilidade dos pacientes ao estresse e sua dificuldade para lidar com situações que geram maior sobrecarga
  • Como evolui?
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  • Como tratar?
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    Medicações

    Os antipsicóticos, também conhecidos como neurolépticos, são os medicamentos utilizados no tratamento da esquizofrenia. São assim chamados por possuírem efeito calmante (neuro=nervo; lepsis=apreensão) e por combaterem sintomas como delírios, alucinações, comportamento desorganizado e agitado. Eles atuam sobre um neurotransmissor (substância química responsável pela transmissão dos estímulos entre os neurônios) chamado dopamina, cujo excesso provoca os sintomas positivos e desorganizados da esquizofrenia. Bloqueando canais receptores de dopamina nos neurônios, eles evitam que o excesso da substância atinja as células nervosas, reequilibrando o sistema de neurotransmissão. Esse efeito é essencial para a duração do efeito antipsicótico por longo prazo.
    O efeito terapêutico pode demorar de 4 a 8 semanas, embora alguma melhora do comportamento já possa ser percebida nos primeiros dias de tratamento. É fundamental que nesse período a medicação seja administrada de forma regular. O tratamento de manutenção não é menos importante, pois é capaz de evitar futuras recaídas e precisa ser mantido mesmo que a crise aguda tenha sido contornada. É comum o abandono do tratamento nessa fase, por acreditar estar curado, o que deixa a pessoa vulnerável a uma nova crise. O médico é o único capaz de determinar o tempo total de tratamento para cada caso, podendo variar de 1 a 5 anos ou, em alguns casos, por período indeterminado.
    Os primeiros antipsicóticos foram descobertos na década de 50. A clorpomazina (Amplictil), o primeiro deles, era utilizada como antiemético e sedativo e teve seu efeito antipsicótico descoberto por acaso quando foi usado em pacientes psiquiátricos. A sua eficácia representou uma revolução na maneira de tratar os doentes mentais, recebendo a alcunha de “esvaziadora de hospícios”, pois contribuiu para a desinternação de milhares de pacientes. Logo depois vieram outras substâncias, como o haloperidol (Haldol). Os antipsicóticos mais antigos são conhecidos como típicos ou de primeira geração, possuem uma alta afinidade por receptores de dopamina e são muito eficazes no combate à psicose.
    Entretanto, a ocorrência de efeitos colaterais duradouros (vulgarmente conhecidos como impregnação), principalmente do tipo parkinsoniano (tremores, rigidez, lentidão e apatia) e de discinesias tardias (distúrbios do movimento, contraturas musculares), fez com que pesquisadores se preocupassem em desenvolver substâncias tão eficazes quanto, porém melhor toleradas. Surgiram, então, os antipsicóticos de segunda geração ou atípicos.
    O primeiro deles foi a clozapina (Leponex), seguido da risperidona (Risperdal) e da olanzapina (Zyprexa). Eles se diferenciam dos mais antigos por possuírem também efeito sobre receptores de serotonina e por um bloqueio mais balanceado dos receptores de dopamina, o que contribui para uma menor incidência de efeitos parkinsonianos. Também são eficazes no tratamento das psicoses, com ação superior aos típicos nos sintomas negativos e cognitivos da esquizofrenia.
    Leia o artigo “Qual o melhor tratamento para a esquizofrenia?”

    Reabilitação

    Os antipsicóticos possuem eficácia inquestionável nas fases agudas da esquizofrenia, reduziram drasticamente as internações psiquiátricas e permitiram a convivência dos pacientes na sociedade e junto às suas famílias. Contudo, os sintomas negativos e cognitivos, obstáculos para que muitos possam viver uma vida produtiva e independente, mudaram pouco com os medicamentos atuais.
    O tratamento psicossocial, também conhecido como reabilitação psicossocial, procura melhorar esses sintomas e resgatar a autonomia, a individualidade e a capacidade de socialização e relacionamento dessas pessoas, através de oficinas terapêuticas que misturam arte, leitura, trabalhos manuais, música, dança, teatro, atividades físicas, reflexões e debates sobre a doença. O programa deve ser individualizado, levando-se em conta o potencial e as limitações de cada um. O treinamento de habilidades específicas ou o aprendizado de um ofício também pode e deve ser estimulado, visando uma atividade produtiva ou mesmo um trabalho no futuro.
    No Brasil, esse tratamento é oferecido no serviço público pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e hospitais-dia de centros e hospitais psiquiátricos. Na iniciativa privada também existem clínicas especializadas na reabilitação de pacientes psiquiátricos e alguns planos de saúde já cobrem este tipo de tratamento.
    O paciente freqüenta o serviço de 2ª a 6ª feira (ou em alguns dias da semana), geralmente entre as 9 e 17 horas, regressando para sua casa ao final do dia. A freqüência e horário podem ser combinados previamente com a equipe técnica. Esse dispositivo de tratamento vem contribuindo para a redução das internações psiquiátricas e dos índices de recaída, já que é possível identificar mais precocemente sintomas agudos e tratar a crise sem a necessidade de internação hospitalar.
    A psicoterapia pode ser oferecida em conjunto com o tratamento psicossocial ou isoladamente. É um espaço para o paciente falar de suas angústias e dificuldades e buscar apoio e coragem para enfrentar os desafios. Pode ajudar a melhorar a auto-estima, a aceitar e compreender melhor sua doença, bem como a monitorar seus próprios sintomas. Ela pode ser individual ou em grupo. No grupo, o paciente ouve o relato de outras pessoas que passaram por problemas semelhantes, relativizando suas experiências. As técnicas psicoterápicas mais utilizadas são a psicodinâmica (psicanálise) e a cognitivo-comportamental.
    Uma abordagem mais nova de reabilitação é a que utiliza jogos e tarefas que estimulam funções cognitivas, como memória, atenção, capacidade executiva e de planejamento (reabilitação cognitiva). Ela visa aperfeiçoar funções acometidas pela esquizofrenia e melhorar o desempenho cognitivo global dos pacientes. Pode utilizar técnicas cognitivo-comportamentais para treinar situações cotidianas, como, por exemplo, ir ao supermercado fazer compras. Ajuda o paciente a avaliar e monitorar seu próprio comportamento e desempenho em tarefas do dia-a- dia.

    Internação

    A esquizofrenia já foi caracterizada como a doença com maior percentual de ocupação de leitos hospitalares no mundo, ganhando das doenças cardiovasculares, segunda colocada. Desde o advento dos antipsicóticos, a partir dos anos 50, essa realidade vem mudando: milhares de pacientes deixaram os hospitais e retornaram ao convívio de suas famílias ou passaram a contar com outros recursos de moradia dentro de sua comunidade. A psiquiatria e, em particular a esquizofrenia, passaram a ser tratadas ambulatorialmente.
    A internação continua sendo hoje necessária em alguns casos, mas a grande maioria não precisa dela para seu tratamento. Internações prolongadas, como as que eram praticadas antigamente, em que o paciente ficava por meses ou anos internado, mostraram ser prejudiciais a longo prazo para a doença e seus portadores. A falta de estímulos para uma vida produtiva, a rotina manicomial, o distanciamento da família, a escassez de relações afetivas, enfim, o isolamento da sociedade e do mundo, tornavam os pacientes mais retraídos e apáticos, permitindo que os sintomas negativos da esquizofrenia se cronificassem. O retorno ao lar ficava mais difícil à medida que o tempo de internação se prolongava. Muitos pacientes relutavam em deixar os hospitais com medo da realidade distante que encontrariam lá fora.
    A hospitalização é necessária quando se esgotam os recursos ambulatoriais para tratamento e quando o paciente oferece risco à sua vida ou à sua integridade. A internação visa garantir o início do tratamento, abrandar os sintomas mais agudos e as alterações de comportamento que estão colocando-o em risco. A duração da internação deve ser a menor necessária para que as suas motivações sejam controladas. A família deve estar presente a todo o momento para evitar que esse período signifique uma ruptura nas suas relações, já que, na maioria dos casos, a internação é cercada de conflitos de ambas as partes.

    Eletrochoque

    A eletroconvulsoterapia (ECT), popularmente conhecida como eletrochoque, é um tratamento antigo na psiquiatria, que antecede o arsenal farmacológico que hoje temos à disposição para tratar as doenças psiquiátricas. No passado era utilizada indiscriminadamente para vários transtornos, inclusive de forma errada, como medida punitiva para pacientes com mau comportamento. Isso fez com que o ECT fosse cercado de tabus que persistem até hoje. Outros tratamentos polêmicos, como a lobotomia e o choque insulínico já foram banidos da medicina, mas o eletrochoque permanece como uma alternativa de tratamento, inclusive para a esquizofrenia.
    No Brasil, o ECT é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. Diferente das práticas antigas, o ECT de hoje só lembra o de antigamente pelo nome. É realizado de maneira criteriosa e com indicações precisas, em circunstâncias muito diferentes, que preservam o paciente e visam exclusivamente sua saúde.
    Ele é aplicado sob anestesia, com o paciente monitorado clinicamente através de aparelhos que medem seus batimentos cardíacos, pressão arterial e saturação de oxigênio. Em geral são necessários de 6 a 12 sessões, que são realizadas em dias diferentes, geralmente alternados com um a dois dias de repouso. Através do estímulo elétrico, o ECT provoca uma liberação maciça de neurotransmissores no cérebro, o que melhora o quadro mental do paciente após algumas sessões. Abaixo as principais indicações:
  • Ausência de resposta aos antipsicóticos diante da gravidade do quadro;
  • Catatonia com riscos à saúde, por inanição, desidratação e outras complicações médicas;
  • Risco grande de suicídio ou tentativas sucessivas;
  • Gravidez, quando o quadro é grave e há restrições ao uso de antipsicóticos.
O ECT ainda é utilizado nos dias de hoje no mundo inteiro (com exceção de poucos países que o proibiram por questões políticas), por ser um tratamento eficaz e pouco arriscado. O principal efeito colateral é sobre a memória, podendo provocar amnésia durante o período do tratamento, mas com recuperação posteriormente.
Assista a uma sessão de ECT transmitida pelo Programa Profissão Repórter – TV Globo
  • Qual o remédio?
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    Atuação

    Os antipsicóticos (ou neurolépticos) são medicamentos que combatem a psicose, indicados no tratamento da esquizofrenia. Eles agem diretamente no neurônio, bloqueando receptores de dopamina e impedindo que o excesso da substância, alteração química mais comum na doença, continue provocando os sintomas positivos e as alterações de comportamento.
    Os mais antigos, desenvolvidos a partir da década de 50, são chamados de típicos ou de antipsicóticos de primeira geração, cujos mais conhecidos são o haloperidol (Haldol) e a clorpromazina (Amplictil). Eles podem ser subdivididos, de acordo com sua potência, em alta potência (alta afinidade por receptores de dopamina já em doses baixas) e baixa potência (baixa afinidade por receptores de dopamina, sendo necessário doses mais altas para o alcance terapêutico).
    O haloperidol, por exemplo, é de alta potência, com doses terapêuticas que variam entre 1 e 20mg. Já a clorpromazina é considerada de baixa potência, com doses antipsicóticas geralmente acima de 200mg. O antipsicótico de baixa potência costuma ter um efeito sedativo maior do que o de alta potência, sendo eles comumente usados em conjunto para finalidades distintas (controle dos sintomas positivos + sedação, p.ex.).
    A partir da década de 90 surgiram substâncias com ação mais equilibrada nos receptores de dopamina e efeito adicional sobre receptores de serotonina. Elas foram classificadas como antipsicóticos de segunda geração ou atípicos. A clozapina (Leponex) foi a primeira a ser descoberta, seguida pela risperidona (Risperdal) e a olanzapina (Zyprexa). Outras substâncias com o mesmo perfil foram desenvolvidas. Veja abaixo a tabela de antipsicóticos disponíveis no Brasil:
    ClasseSubstânciaNome ComercialApresentações
    (via de administração)
    Primeira Geração - Baixa Potência ClorpromazinaAmplictil ®
    Longactil
    Genérico
    Comp. 25 e 100mg (oral)
    Gotas 1mg/gt (oral)
    Ampolas 25mg (injetável)
    Levomepromazina Neozine ®
    Levozine
    Comp. 25 e 100mg (oral)
    Gotas 1mg/gt (oral)
    PericiazinaNeuleptil ®Comp. 10mg (oral)
    Gotas 0,25mg/gt (oral)
    TioridazinaMelleril ®Comp. 25, 50, 100 e 200mg (oral), Líquido 30mg/ml com dosador em mg (oral)
    Primeira Geração - Alta PotênciaHaloperidolHaldol ®
    Haldol decanoato
    Halo
    Genérico
    Comp. 1 e 5mg (oral)
    Gotas 0,1mg/gt
    Ampola 5mg (injetável)
    Depot (Haldol Decanoato) – ampola 50mg (IM)
    FlufenazinaFlufenan ®Comp. 5 mg (oral)
    Depot (Flufenan Depot) – ampola 25mg (IM)
    PimozidaOrap ®Comp. 1 e 4 mg (oral)
    TrifluoperazinaStelazine ®Comp. 2 e 5mg (oral)
    SulpiridaDogmatil ®
    Equilid
    Comp. 50 e 200mg (oral)
    Gotas 1mg/gt
    PipotiazinaPiportil L4 ®Depot – ampola 100mg (4ml), ampola 25mg (1ml)
    ZuclopentixolClopixol ®Comp. 10 e 25mg (oral)
    Acuphase – ampola 50mg (injetável), Depot – ampola 200mg (IM)
    PenfluridolSemap ® suspenso pelo laboratório em 2011Comp. 20mg (oral – 1x por semana)
    Segunda GeraçãoRisperidonaRisperdal ®
    Risperdal-Consta ®
    Zargus
    Risperidon
    Respidon
    Genérico
    Comp. 1, 2, 3 e 4 mg (oral)
    Líquido 1mg/ml com dosador ® (oral), Depot (Risperdal Consta®) – ampola 25mg (IM)
    OlanzapinaZyprexa ®
    Zyprexa-Zydis®
    Zyprexa IM ®
    Neupine
    Genéricos
    Comp. 2,5 – 5 – 10mg (oral)
    Comp. orodispersíveis (Zyprexa-Zydis) 5 e 10mg (oral)
    Ampola 10mg (IM - curta duração)
    QuetiapinaSeroquel ®
    Seroquel XRO ®
    Kitapen
    Neotiapim
    Comp. 25, 100 e 200mg (oral)
    Comp. 50, 200 e 300mg (oral)
    ZiprasidonaGeodon ®
    Geodon IM ®
    Cáps. 40 e 80mg (oral)
    Ampola 20mg (IM)
    AripiprazolAbilify ®Comp. 10, 15, 20 e 30mg (oral)
    AmissulpridaSocian ®Comp. 50 e 200mg (oral)
    ClozapinaLeponex ®Comp. 25 e 100mg (oral)
    PaliperidonaInvega ®
    Invega Sustenna ®
    Comp. 3, 6 e 9mg (oral)
    Depot - ampola de 50, 75, 100 e 150mg para uso IM 1x por mês
    AsenapinaSaphris ®Comp. sublingual 5 e 10mg
    Os de segunda geração são mais eficientes do que os de primeira geração em alguns aspectos: causam menos efeitos de impregnação (tipo parkinsoniano, distonias e discinesias), são mais eficazes no combate aos sintomas negativos e cognitivos e têm uma ação complementar sobre o humor (ação antidepressiva e estabilizadora do humor).
    Os antipsicóticos diferem também quanto à sua via de administração. A maioria é por via oral (comprimidos, cápsulas, líquido, comprimidos orodispersíveis, comprimidos de liberação controlada), mas existem formas injetáveis de absorção rápida (para pacientes agitados) e de absorção lenta ou “depot” (de depósito, para pacientes que se recusam a ingerir medicamentos). Os antipsicóticos de depósito são administrados por via intramuscular em intervalos que variam de 14 a 28 dias, dependendo da substância.
    O efeito terapêutico completo dos antipsicóticos, seja qual for a via de administração, é geralmente lento e pode demorar de 4 a 8 semanas. Contudo, alguma melhora dos sintomas pode ser notada ainda na primeira semana de tratamento. O tempo total de uso da medicação deve ser determinado pelo médico, de acordo com as particularidades de cada caso (tempo de doença, número de recaídas, gravidade do caso), sendo normalmente de 1 a 5 anos ou por tempo indeterminado.
    Mesmo que o paciente apresente a remissão completa dos sintomas em poucos meses de tratamento, a medicação deve ser mantida por um período chamado de tratamento de manutenção, a fim de se evitar recaídas e de se alcançar efeitos mais duradouros sobre o comportamento e a cognição.

    Efeitos Colaterais

    Antes de prosseguir, leia atentamente os alertas a seguir: 
  • Cada antipsicótico possui um conjunto diferente de efeitos colaterais. Alguns efeitos ocorrem mais no início, desaparecendo à medida que o organismo vai se adaptando ao medicamento;
  • Em caso de efeito colateral, a medicação não deve ser interrompida por conta própria. Entre em contato com o médico e busque uma orientação. A suspensão abrupta do medicamento pode acarretar problemas muito mais graves à saúde, como a piora rápida do quadro psicótico;
  • Os antipsicóticos são medicações seguras. A tolerabilidade é boa e os benefícios do tratamento são muito superiores ao risco de efeitos colaterais;
  • Antipsicóticos não causam dependência física ou psicológica, como muitos acreditam;
  • Abordamos aqui os efeitos colaterais mais importantes, sem discriminar a substância mais responsável por este ou aquele efeito. É uma prerrogativa do médico diagnosticar e tratar os efeitos colaterais dos medicamentos que prescreve. O familiar e o portador devem esclarecer suas dúvidas e consultar o médico sempre que necessário antes de tomar qualquer atitude.
1. Efeitos Neurológicos
  • Tremores
  • Rigidez muscular
  • Contrações musculares involuntárias (semelhantes a câimbras)
  • Inquietação
  • Ansiedade
  • Dificuldade de ficar parado muito tempo
  • Ficar marchando
  • Lentidão
  • Aumento da salivação
  • Síndrome neuroléptica: quadro raro caracterizado por febre (40ºC), rigidez muscular, variação da pressão arterial, taquicardia, sudorese, palidez, confusão mental, desorientação. O paciente deve ser levado imediatamente ao médico. 
2. Efeitos Cardiovasculares
  • Redução da pressão arterial ou hipotensão postural (quando o paciente se levanta)
  • Taquicardia
  • Bradicardia
  • Distúrbios da condução cardíaca em pacientes com predisposição a arritmias (raro)
3. Alterações visuais
  • Visão embaçada
  • Cuidado com pacientes que tenham glaucoma
4. Alterações cutâneas
  • Reações cutâneas, como rash cutâneo (manchas ou pápulas avermelhadas pelo corpo)
  • Sensibilidade à luz solar (uso de fotoprotetor)
5. Aumento do colesterol
  • Aumento de LDL e triglicerídeos
6. Ganho de peso
7. Alterações hormonais
  • Aumento da prolactina, que pode causar entumescimento da glândula mamária nas mulheres com saída de leite
  • Alterações menstruais
  • Redução de libido
8. Hiperglicemia e Diabetes (raros)
  • Aumento da glicose no sangue
  • Diabetes em pessoas predispostas (mais raro)
9. Efeitos Hematológicos (raros)
  • Diminuição de glóbulos brancos (agranulocitose)
  • Redução de plaquetas
10. Efeitos Hepáticos
  • Aumento transitório de transaminases (enzimas do fígado conhecidas pela sigla TGO e TGP)
11. Efeitos Gastrintestinais
  • Boca seca
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Diarréia
  • Prisão de ventre
12) Efeitos Urogenitais
  • Retenção urinária
  • Outros remédios…
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  • O papel da família
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    O papel da família

  • Proteger das recaídas
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  • Atividades Diárias
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    Trabalho

    Uma das maiores preocupações da família e do paciente com o tratamento é qual será o grau de autonomia que ele conseguirá alcançar com a recuperação de sua doença. Muitos trabalhavam, estudavam e tinham outras atividades regulares antes de adoecerem. A primeira crise representou, para a maioria, uma ruptura neste processo. Os familiares temem que os sintomas mais duradouros da esquizofrenia interfiram com a capacidade de planejamento e realização, dificultando a retomada de uma vida produtiva. Isso inclui, além do trabalho e dos estudos, os relacionamentos afetivos e sociais, a capacidade de manter o tratamento e de equilibrar-se para uma vida saudável, almejando maior independência social, emocional e financeira.
    Abordamos os sintomas mais persistentes da esquizofrenia, como os cognitivos e os negativos, que ocorrem em grau variado de intensidade na maioria dos pacientes. Esses sintomas costumam interferir mais na autonomia do que os sintomas positivos. Os tratamentos precisam ser planejados, levando-se em conta o quadro clínico e as limitações de cada um, com metas de curto, médio e longo prazo, que precisarão ser reavaliadas à medida que o paciente avança em seus objetivos. O grau de autonomia a ser alcançado depende também da estabilidade da doença (prevenção de recaídas) e da qualidade do meio em que o paciente vive (menor sobrecarga e estresse).
    O trabalho deve ter num primeiro momento um propósito ocupacional. O paciente deve ser estimulado dentro de suas potencialidades, com o cuidado de se evitar a superestimulação ou a sobrecarga de responsabilidades e demandas que possam desestruturá-lo. Ele pode ser gradativamente encorajado a assumir novas responsabilidades à medida que se mostrar mais seguro e confortável em sua função. A equipe terapêutica pode ajudar nesta orientação.
    Alguns podem necessitar de um trabalho assistido, ou seja, sob supervisão de alguém que possa assumir responsabilidades que o paciente demonstra não suportar. Esta proteção visa evitar que o trabalho se transforme num potencial risco de recaída, por exceder as capacidades de enfrentamento por parte do paciente, gerando mais angústia e estresse.
    Não é nenhum demérito se o paciente precisar assumir uma função com grau menor de complexidade do que a que vinha exercendo antes de seu adoecimento. O processo de reabilitação deve focar no melhor desfecho de longo prazo, sem abrir mão da estabilidade da doença, componente fundamental.

    Relacionamentos

    Um aspecto importante para a autonomia dos portadores de esquizofrenia é a capacidade de se relacionarem com outras pessoas, ampliando assim seu ciclo social. A timidez, a introspecção, o isolamento e a inibição social que alguns apresentam dificultam a formação de novas amizades e de relacionamentos afetivos, que poderiam ajudar no resgate da motivação e do prazer para novas atividades. É comum a constatação por familiares e portadores de que a falta de companhia é muitas vezes o motivo para a ociosidade.
    Outro ponto comum entre os familiares é que os modos e a capacidade do paciente avaliar seu comportamento em situações sociais geram, muitas vezes, constrangimento para si próprio. Alguns relutam em freqüentar determinados ambientes e em outros as famílias têm resistência a levá-los, por temer que o comportamento não será adequado.
    O aprendizado social, ou seja, o treinamento e a exposição a situações e ambientes sociais devem fazer parte do processo de reabilitação. A privação social, seja qual for a razão alegada, só contribui para que antigos hábitos permaneçam disfuncionais e para que novas habilidades não sejam incorporadas para moldar melhor o comportamento.
    O tratamento psicossocial e a psicoterapia podem oferecer ferramentas para ampliar relacionamentos e para aperfeiçoar o comportamento social, ajudando o paciente a ter uma melhor autocrítica e a monitorar (e corrigir) seus próprios hábitos e atitudes. Entretanto, a família não deve se furtar a levar o paciente aos eventos sociais, ajudando-o no treinamento contínuo desse aprendizado e resgatando o prazer da convivência em comunidade.

    Lazer

    O lazer é tão importante quanto às demais atividades rotineiras do paciente. Alguns incorrem no erro de julgar atividades ocupacionais, que não o trabalho, como lazer. Aula de artes, atividades físicas, oficinas lúdicas, terapias, enfim, a maior parte das atividades propostas aos pacientes tem caráter terapêutico. Embora possam ser prazerosas, não substituem os momentos de lazer.
    Lazer são atividades espontâneas e voltadas ao entretenimento e prazer, que ajudam a descarregar tensões, que trazem relaxamento e bem estar e que, se possível (e é desejável que assim o seja), reúnam pessoas amigas e queridas.
    Apesar da reabilitação psicossocial incluir atividades com este propósito, é recomendável que elas também aconteçam em outros ambientes, como o familiar. A família precisa de momentos de congraçamento e prazer, para estreitar seus laços afetivos e aproximar as histórias de vida das pessoas. Manter um momento desses, ao mínimo algumas horas uma vez por semana, para ir ao cinema ou a um restaurante, ou mesmo a um piquenique no parque, pode ajudar a melhorar os relacionamentos.

Onde encontro atendimento de saúde mental gratuito?
Em todo território nacional encontramos serviços gratuitos de saúde mental que oferecem atendimento com equipe de reabilitação completa, com terapeutas ocupacionais, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros.

entros de Atenção Psicossocial em Goiás

  • Aparecida de Goiânia
CAPS Bem-me-Quer
Rua 06, Qd.”M”, Lt.09 – Setor Araguaia
74980-000 Aparecida de Goiânia – GO
(62) 3545-5969
  • Anápolis
CAPSad Viver
Rua Estrela do Sul, 112 – Vila Jussara
75000-000 Anápolis – GO
(62) 3902-1299
  • Anápolis
CAPS – Vidativa
Rua Alberico Borges de Carvalho, Praça Joaquim Xavier
75000-000 Anápolis – GO
(62) 3388-2057
saude@anapolis.go.gov.br
  • Caldas Novas
CAPS Caldas Novas
Rua 61 Quadra 27 Lote 09 – Estância Itaguai
75690-000 Caldas Novas – GO
(64) 3455-6840
  • Catalão
CAPS José Evangelista da Rocha
Av. Farid Miguel Safatle, 580 – Centro
75701-040 Catalão – GO
(64) 3441-1813
  • Formosa
CAPS Formosa
Rua Valeriano de Castro, s/nº – Setor Nordeste
73807-180 Formosa – GO
(61) 3981-1130 3432-2063 (orelhão)
  • Goiânia
CAPS Casa
Rua 3 A, Nº 185 – Setor Aeroporto
74075-090 Goiânia – GO
(62)3524-2522/2548
  • Goiânia
CAPSI Água Viva
Rua 115, Nº 341 – Chácara 3 – Setor Sul
74085-240 Goiânia – GO
(62) 3524-1660 / 1661 / 1662
  • Goiânia
CAPSad CAPSadi Girassol
Rua R5, Quadra 07, lote 3, Setor Oeste
74125-070 Goiânia, GO
(62) 3524-2489 – 2419
capsgirassol@sms.goiania.go.gov.br
  • Goiânia
CAPS Vida
Rua 1128, Quadra 233 – lote 18 – Setor Marista
74180-180 Goiânia – GO
(62) 3524-1650 /1651
  • Goiânia
CAPS Beija-Flor
Alameda Presidente Baldomir, Chácara 7- Setor Jardim Presidente
74353-030 Goiânia – GO
(62) 3290-7665 3524-1646
  • Goiânia
CAPS Novo Mundo
Av. Manchester, 2000 – Chácara 2, Jardim Novo Mundo,
74703-000 Goiânia – GO
(62) 3524-1802 / 1804 (fax)
  • Goiânia
CAPSad Casa
Rua 3, Nº 185 – Setor Aeroporto
74850-030 Goiânia – GO
(62) 3524-2522/2548
  • Goiás
CAPS Goiás
Travessa Doutor Neto, s/nº – Centro
76600-000 Goiás – GO
(62) 3371-7023 (sms)
  • Itumbiara
CAPS Cisme
Av. Equador, 13 – Dom Veloso
75530-420 Itumbiara – GO
(64) 3404-1388
  • Jataí
CAPS II – Núcleo de Saúde Mental
Rua Riachuelo, 3357 – Vila Fátima
75800-000 Jataí – GO
(64)36361067
smsaude@dgmnet.com.br capsjatai@yahoo.com.br
  • Mineiros
CAPS Mineiros
Rua 5ª Avenida Nº 98 – Centro
75830-000 Mineiros – GO
(64) 3661-2661
  • Niquelândia
CAPS Niquelândia
Rua São Paulo, Qd.10 – Lt.05 – Belo Horizonte
76420-000 Niquelândia – GO
(62) 3959-7079
  • Padre Bernardo
CAPS Bem Viver
Rua Carlos Gomes, 523 – Centro
73700-000 Padre Bernardo – GO
(62) 3633-1803
  • Palmelo
CAPS Palmelo
Praça Jerônimo Cândido Gomide, 311 – Centro
75210-000 Palmelo – GO
  • Quirinópolis
CAPS Quirinópolis
Rua Rui Barbosa, 111 – Centro
75860-000 Quirinópolis – GO
(64) 3651-8829
  • Rio Verde
CAPS Rio Verde
Rua Gumercindo Ferreira c/ Raul Seabra – Centro
75900-000 Rio Verde – GO
  • Trindade
CAPS Coração de Mãe
Rua Boa Vista, 275 – Jardim Salvador
75380-000 Trindade – GO
(62) 3506-7099

Aposentadoria por invalidez(Esquizofrenia )dá direito a benefício?


" O segurado do INSS que comprovar que tem doença mental e que recebeu o benefício do auxílio-doença pode pedir a aposentadoria por invalidez ..se a incapacidade do segurado exigir acompanhamento de uma pessoa isso dará direito a obter um adicional de 25% sobre a renda mensal, não estando limitado ao teto, ou seja, mesmo que receba mensalidade no teto poderá ter o acréscimo dos 25% portanto esse benefício é concedido mediante solicitação e análise da perícia médica


Portadores CID F20 (Esquizofrenia), tem direito a auxilio doença, ou aposentadoria?

Minha mãe é esquizofrenica há mais de15 anos, a doença dela apareceu após uma depressão pós parto (do meu nascimento) Porém ela só esta sendo tratada agora após 20 anos de doença.
Como faz mais de 20 anos que ela não faz nenhuma contribuição ao INSS, gostaria de saber se ela tem direito a algum beneficio, ou até a se aposentar!


Minha flor,
Com certeza sua mãe tem direito à aposentadoria, ou, no mínimo um auxílio doença.
Sugiro a você que procure um ambulatório de Saúde Mental ou um CAPS para que ela inicie um tratamento. Esse é o primeiro passo. Então, você poderia conseguir o atestado médico, que é fundamental. Pode também esclarecer suas dúvidas com o médico e a assistente social a respeito.
Se tiver dúvidas pode entrar em contato no meu e-mail, ok
Abraços

médico psiquiatra


Esquizofrenia é caso para aposentadoria por invalidez?

Olá,gostaria de maiores informações pois cuido e acompanho minha prima que está em tratamento psiquiátrico e faz uso de medicamentos há quase 6anos por esquizofrenia f29.Foi solicitado por um médico perito a aposentadoria da mesma e oque lhe foi dado foram 2anos ineterrupitos.Ao levá-la para uma nova pericia foi concedido mais 3meses,por favor me diga oque posso fazer junto ao inss para aposentá-la já que esta é uma doença irreversível?A mesma trabalhava registrada .E caso seja negado devo pleitear uma ação?
Grata

Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta

Olá!
Vamos esclarecer alguns pontos para poder responder sua pergunta.
F 29 não é Esquizofrenia, mas sim Psicose não-orgânica não especificada.
Em psiquiatria, este termo é utilizado quando não se encontra nenhuma outra origem e os sintomas são "átípicos" ou seja, diferentes das psicoses tradicionais, mas mesmo assim o transtorno psicótico é evidente.
É caso para aposentadoria por invalidez.
Porém, recomendo a você juntar toda a documentação médica (exames, laudos, receitas, etc) e constituir um advogado para solicitar a aposentadoria por invalidez pelo Judiciário, pois é muito mais rápido e com muito menos problemas.
O INSS tem restrições em conceder este tipo de benefício.
Depois do afastamento por 2 anos consecutivos, não existe outra saída ao INSS do que conceder a aposentadoria.
Um abraço!